Sexta-feira, Abril 26, 2024

Covid-19: Instituições de apoio social estão em “profundas dificuldades de ordem logística e organizativa”, alerta Presidente da UNITATE

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O Presidente da Direção da UNITATE – Associação de Desenvolvimento da Economia Social, Tiago Abalroado, apelou esta quinta-feira, no seguimento da entrada do país em Estado de Emergência, à necessidade de o Governo olhar cuidadosamente para a o contexto presente das IPSS em Portugal.

Na nota enviada às Redacções, Tiago Abalroado afirmou que “estamos perante um cenário muito particular, caracterizado por um acentuado número de profissionais em situação de ausência, quer por força de terem de prestar assistência a filhos menores quer pela necessidade de cumprimento de período de isolamento”.

Na mesma comunicação é ainda referido que “apesar do funcionamento de algumas respostas sociais ter sido suspenso, todos os Serviços de Apoio Domiciliário, de ação social de primeira linha e de natureza residencial (Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Lares Residenciais para cidadãos portadores de deficiência, Centros de Acolhimento Residencial para Crianças e Jovens) permanecem no ativo, na sua grande maioria a funcionar 24 horas, tendo visto diminuído, por força das circunstâncias, o número de unidades de pessoal ao seu serviço e enfrentando profundas dificuldades de ordem logística e organizativa, tanto ao nível da aquisição de bens alimentares, cujos preços se encontram fortemente inflacionados face ao aumento da procura, como na compra de materiais essenciais de proteção e higiene, como luvas, máscaras, desinfetantes, entre outros, devido a uma notória rutura de stocks.”

Tiago Abalroado relata ainda que “também por força do encerramento dos Centros de Dia, muitas destas organizações têm agora que assegurar aos utentes desta resposta serviços básicos no domicílio (como alimentação, tratamento de roupas, higiene pessoal e apoio na medicação), o que, face ao cenário que atualmente se vive, vem incrementar as dificuldades na prestação dos serviços.”

Nos últimos dias o Governo anunciou várias medidas de apoio às famílias e às empresas, no entanto, “não foram, até ao momento, tomadas quaisquer providências que visem mitigar os problemas organizativos com que as IPSS se deparam nem equacionados incentivos que visem compensar o risco e o esforço assumido pelos profissionais de ação social, particularmente os ajudantes de ação direta e os ajudantes de ação educativa, que, por força do imperativo de garantir a satisfação de necessidades básicas e essenciais dos utentes das instituições sociais, não podem deixar de garantir a prestação de cuidados”, referiu ainda Tiago Abaroado na comunicação enviada.

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